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Desenhar para pensar

Ver é uma forma de compreender!

Leonardo da Vinci é frequentemente lembrado como artista e inventor. Contudo, uma das suas maiores contribuições terá sido a forma como transformou o ato de desenhar numa ferramenta de raciocínio. Para ele, o pensamento visual era um processo intelectual. Cada esboço funcionava como uma hipótese em construção, um modo de testar ideias no papel antes de as executar. Ao observar os seus cadernos, percebemos que a imagem era o primeiro passo para compreender a mecânica do mundo, desde o fluxo turbulento da água até à anatomia dos músculos humanos.

O mais interessante é que este método não está desatualizado. Esta estratégia pode ser aplicada hoje de forma simples e eficaz. Ao desenhar conceitos enquanto estudamos ou ensinamos, criamos uma ponte entre o pensamento abstrato e a perceção concreta. Diagramas, mapas mentais e pequenos esboços ajudam a desdobrar problemas complexos em partes mais simples. Este processo visual liberta a mente para analisar relações entre conceitos e descobrir padrões mais facilmente.

Nos seus cadernos, há hesitações, erros, rasuras e contradições. É um “rascunho permanente”, não um desenho perfeito. Desenhar para pensar implica falhar, corrigir e refazer, dando espaço ao discernimento, pois as ideias têm tempo para amadurecer no papel. Estas tentativas e erros permitem que qualquer pessoa possa beneficiar desta estratégia, independentemente dos seus talentos artísticos. Não se trata de fazer arte, mas de simplificar, organizar e compreender.

No fundo, ver é uma forma de compreender. Quando transformamos ideias em imagens, ganhamos domínio sobre elas. Tal como Leonardo usava o desenho para explorar o desconhecido, nós podemos usar o pensamento visual para clarificar problemas, estimular a criatividade e tornar a aprendizagem mais significativa.

O legado de Leonardo continua vivo e ao alcance de todos!

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