O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado a 11 de fevereiro, é “uma oportunidade para promover, de forma plena e igualitária, o acesso à ciência e a participação das mulheres e meninas nesta área”.
O caminho de uma menina rumo a uma carreira científica começa muito antes de ela assistir à sua primeira aula de química. Na verdade, esse caminho começa no berço, nos seus primeiros anos de vida, através das escolhas aparentemente inocentes que fazemos – principalmente nos brinquedos que oferecemos e nas atividades que incentivamos.
Enquanto que os meninos recebem frequentemente kits de experiências científicas, jogos de construção e ferramentas, as meninas são tradicionalmente presenteadas com bonecas, conjuntos de maquilhagem e brinquedos relacionadps com as atividades domésticas. Esta diferenciação precoce não é só sobre brinquedos – é uma mensagem subliminar sobre o que a sociedade considera “apropriado” para cada género.
As consequências desta diferenciação são percetíveis mais tarde. Não é surpreendente que o número de mulheres seja tão reduzido em alguns ramos das ciências e tecnologias, como é o caso da engenharia. Para construir um futuro mais igualitário na ciência, é preciso repensar a forma como educamos as nossas crianças, oferecendo às meninas as mesmas oportunidades de exploração e de descoberta que oferecemos aos meninos.
A diversidade na ciência não é apenas uma questão de justiça social – é uma necessidade científica. Quando excluímos metade da população do desenvolvimento científico, perdemos perspectivas valiosas e soluções criativas para os desafios globais. Portanto, ao quebrar essas “barreiras invisíveis” que limitam os horizontes das meninas, estamos a expandir as potencialidades de toda a humanidade.
Dêem-lhes, então, as mesmas ferramentas!