As medalhas olímpicas são símbolos de triunfo e excelência desportiva. Representam anos de treino árduo, dedicação e muitos sacrifícios pessoais. Do ponto de vista científico, cada medalha celebra a arte da metalurgia. Desde a seleção dos metais até aos processos de revestimento e moldagem, cada passo exige um conhecimento profundo das suas propriedades químicas e físicas. O seu domínio permite criar medalhas que combinam estética, durabilidade e simbolismo. Seguem-se cinco curiosidades sobre estas tão cobiçadas medalhas.
Nem sempre se receberam medalhas de metais preciosos
Na verdade, na antiga Grécia, quando se criou o maior evento desportivo do mundo, não havia minas para extrair ouro e prata em quantidades industriais. Os atletas recebiam coroas de ramos de uma oliveira sagrada que existia junto ao templo de Zeus. E isso bastava-lhes, até porque “estes homens não competiam pela posse, mas pela honra”.
As medalhas de ouro não são só de ouro
Houve uma altura em que as medalhas de ouro eram totalmente de ouro, mas trata-se de um recurso muito dispendioso e não renovável, pelo que houve necessidade de alterar a composição destas medalhas. Atualmente, as medalhas atribuídas aos primeiros lugares são constituídas por 6 gramas de ouro, no máximo e 92,5% de prata.
As medalhas contêm materiais reciclados
Nas medalhas de prata e bronze há uma grande percentagem de materiais reciclados. Nos Jogos do Rio, até as fitas que as seguram foram feitas de plástico reciclado de garrafas. Nos Jogos de Tóquio, as medalhas continham 100% de material reciclado. Todos os metais foram extraídos de lixo eletrónico, como telemóveis e computadores.
Nos Jogos de Paris, as medalhas contêm ferro da Torre Eiffel
Este ano, 2024, qualquer medalha olímpica contém 18 gramas de ferro proveniente da Torre Eiffel. O monumento mais emblemático de Paris foi alvo de remodelações nos últimos anos e algumas peças de ferro foram substituídas, pelo que as anteriores foram guardadas e agora fazem parte da composição de todas as medalhas.
Já foi necessário fundir medalhas olímpicas
Nos Jogos de Berlim, em 1936, dois atletas japoneses de salto à vara empataram em segundo lugar. Em vez de competirem outra vez, pediram para cortar as medalhas de prata e bronze ao meio. Depois, fundiram duas metades diferentes, para que cada atleta levasse consigo meia medalha de prata e meia de bronze. Uma ótima ideia!
Cada medalha olímpica carrega uma história pessoal e constitui um legado histórico ímpar!